“Quem planta, colhe!” O ditado é antigo, mas essa é uma verdade incontestável. A prova está na horta comunitária plantada por usuários e funcionários do CAPS AD III, em Floriano, onde cultivam abóbora, melancia e macaxeira, em uma área aberta do CAPS. Os produtos são utilizados na alimentação dos próprios usuários da rede de atenção psicossocial.
A diretora do CAPS AD III, Gladistânia Miranda, conta que esta atividade de cultivo é importante para envolver os pacientes em ações produtivas, mantê-los com a mente e o tempo ocupados, e ainda, mostrar que eles são úteis e que têm responsabilidades a cumprir, ajudando em todas as etapas do plantio. “Mexer com plantas é uma forma de terapia pra qualquer pessoa. Nós temos casos em que o paciente conseguiu evoluir muito mais, quando ele se sente útil, tem algo pra cuidar, pra chamar de seu. E nós vamos aprendendo junto. Quando uma melancia aparece na rama é uma festa”, explica.
“Cuidar de uma planta também é cuidar de uma vida, não é mesmo? Este espaço traz um retorno positivo porque faz com que essas pessoas encontrem paz e entendam a beleza que é estar vivo”, conta Neide Silva, psicopedagoga e redutora de danos no CAPS AD III. O trabalho terapêutico na horta também ajuda no processo de cura porque o local é um espaço de convivência e harmonia entre os pacientes, que compartilham conhecimentos e experiências com o solo, além de consumirem o que plantam.
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