Discutindo o tema “Diálogos inclusivos: os desafios profissionais para atuar frente à diversidade”, o II Simpósio Internacional de Intervenção Precoce na Infância foi realizado em são Luís, no Maranhão. Teve como objetivo evidenciar a temática e promover uma formação ampla em caráter multidisciplinar, envolvendo profissionais da educação, saúde e assistência na compreensão sobre as demandas vivenciadas por crianças com algum risco ao seu desenvolvimento, e sobre os seus respectivos contextos familiares.
O evento foi promovido pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Especial na Educação Básica (Gepeesp) da UFMA.
O município de Floriano esteve representado pelas profissionais Lara Siqueira Nunes de Araújo (fonoaudióloga), Daccione Ramos da Conceição (fisioterapeuta) e Maria Helena Francisca Filha do Nascimento (psicóloga). Todas fazem parte da equipe do Núcleo de Atendimento Infantil Thiago Muniz Nicácio, que atende crianças e adolescentes até os 14 anos na Policlínica. Na oportunidade, o trabalho apresentado foi premiado como um dos melhores no simpósio.
O trabalho apresentado foi um relato de experiência sobre a atuação interdisciplinar na sala de estimulação precoce, no município de Floriano, durante a pandemia de COVID-19. “Estamos gratos e orgulhosos pelo reconhecimento científico do nosso trabalho. Agora estamos ainda mais confiantes para continuar trabalhando da forma que acreditamos. Com ética, de forma técnica e com humildade servindo a quem mais precisa”, afirma Lara Siqueira.
“Nós sabemos quanto é importante um profissional estar preparado para que possa intervir com crianças que estão com algum risco ao seu desenvolvimento. Essa área da intervenção precoce na infância, antes de ser uma área de estudo, é uma política que precisa ser implantada no Brasil com responsabilidade, pois ainda não temos uma política firme.Temos ações isoladas e queremos congregar as áreas que são importantes para que possamos oferecer e produzir uma evidência, habilitar o país a fazer políticas com responsabilidade”, explica a professora do Departamento de Educação Física, Lívia Zaqueu, uma das coordenadoras do Simpósio.
Durante o evento, houve a apresentação do coral “Mãos que realçam sentimentos”, da Escola Municipal Bilíngue de São Luís, que interpretou músicas regionais na Língua Brasileira de Sinais (Libras).
A palestra de abertura foi ministrada pelo psicólogo e professor da Universidade de Évora, em Portugal, Victor Daniel Ferreira Franco. Ele pontuou que o evento coloca a Universidade em outro patamar, na rede de instituições que estão fazendo reflexão e pesquisa sobre o que haverá de novo na intervenção precoce e para o futuro da área. Victor Franco comentou que o Brasil está em processo de mudança, com a estimulação precoce mais centrada na família, como é o caso da Casa de Apoio Ninar, em São Luís.
A programação contou com a realização de minicursos, palestras, apresentações de trabalhos, debates e mesas temáticas.
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